As relações de trabalho, tais como os todos os demais eventos da natureza, têm uma existência transitória, evoluem e se ampliam conforme os costumes e práticas de cada lapso temporal. Partiram da Carta del Lavoro e seu protecionismo, passando pelo atualíssimo entendimento do STF sobre a possibilidade de existência de contratos diversos, não somente aqueles tutelados pela CLT. As relações de trabalho crescem, mudam,se amoldam e se aperfeiçoam às necessidades do indivíduo e da sociedade que o cerca.

 

Neste Dia do Trabalho vale refletirmos sobre as mais atuais realidades que ligam as pessoas por meio de suas relações, sejam as do lado do capital ou do lado do trabalho. Acreditamos que não existe um modo correto ou absoluto de contratação ou de correlação entre as partes, mas uma necessidade premente de adequação à nova realidade de funções e cargos antes inexistentes.

 

Funções como motorista de aplicativo, coach, influencer, lobista ou outras a serem criadas, sequer poderiam ser imaginadas em realidades passadas. Pensemos neste momento de celebração do Trabalho como oportunidade para debater da forma mais atual possível e, em conclusão conjunta, passar a acolher estas novas formas de trabalho dentro do universo amplo das relações trabalhistas. No ano de 2005, produzimos uma tese sobre o “trabalhador internacional”, que nada mais era do que a terceirização à distância e seus aspectos de enquadramento legal de cada país e de uma projeção de um home office que hoje se tornou uma realidade incontestável.

 

Estas previsões futuras dependem sempre do bom debate e da assertividade em entender e buscar a compreensão do futuro social e comercial das empresas e seus negócios acelerados também pelo comércio mundial sem fronteiras e o que será necessário para ingressarmos neste mercado. Travemos o bom debate em prol do trabalho como um todo neste dia de reflexão e celebração.

Autor(es): Marcel Marquesi

Data: 30/04/24